Quem sou eu
- ROSANGELA SCHMIDT
- Advogada, Professora, Especialista em Direito Administrativo; Direito Previdenciário; Pedagogia Escolar: supervisão e orientação; Metodologia da Ciência; Metodologia do Ensino Superior e Direito Educacional. Representante do Fórum Paranaense da Pessoa Idosa no Conselho Estadual do Direito da Pessoa Idosa do Paraná – CEDI PR, integrante do Fórum Paranaense da Pessoa Idosa – FPPII, Membro Efetivo da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil - seção Paraná e Membro Efetivo da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil - ,seção Paraná,. Estudiosa do Envelhecimento, Longevidade e dos Direitos inerentes à Pessoa Idosa. E-mail: adv.rosangela.s@gmail.com
28 setembro 2012
21 setembro 2012
Poesia completa e prosa
Por acreditar que os poemas estimulam recordações, denunciam, emocionam, renovam, traduzem sentimentos, transcendem ao tempo...
MINHAS POESIAS
JÁ ERA TEMPO
Ary Barroso
Já era tempo de você voltar
Me beijar, esquecer
Já era mais que tempo de você
Refletir que as palavras
Muitas vezes
Não provém do coração
Há muitos meses que você, meu bem
Disse adeus e partiu
Já era tempo de você chegar
Como eu, com os olhos rasos d’água
Mas em mágoa
Triste de quem tem e vive à toa
Triste de quem ama e não perdoa
Ai de quem não cede
E de quem sempre tem razão
Ninguém sabe mais que o coração
Por isso eu peço: volta aos braços meus
Sem adeus, só perdão
Porque na hora em que você chegar
Como eu, com os olhos rasos d’água
Mas sem mágoa
Primeiro eu vou fingir espanto
Depois sorrir banhada em pranto
JANELAS ABERTAS(A.C. Jobim)
Sim
Eu poderia fugir, meu amor
Eu poderia partir
Sem dizer pra onde vou
Nem se devo voltar
Sim
Eu poderia morrer de dor
Eu poderia morrer
E me serenizar
Ah
Eu poderia ficar sempre assim
Como uma casa sombria
Uma casa vazia
Sem luz nem calor
Mas
Quero as janelas abrir
Para que o sol possa vir iluminar nosso amor
SEM MAIS ADEUS(Francis Hime)
Vim, cheio de saudade
Cheio de coisas lindas pra dizer
Vim porque sentia
Que nada existia fora de você
Nem a poesia, amor
Na sua ausência quis me receber
Vim banhado em pranto
Eu te amo tanto
Vem, vem aos braços meus
Sem mais adeus
Oh, vem
NADA COMO TER UM AMOR
(Carlos Lyra)
Nada como ter carinho
Nada como estar pertinho
Ao se enternecer
Bem baixinho, assim dizer:
Só hei de amar você
Nada como viver juntos
Sempre assim, querer e muito
Nada como ter alegria de viver
E ver o sol aparecer
No sempre novo resplendor
NA HORA DO ADEUS
(A.C. Jobim)
O amor só traz tristeza
Saudade, desilusão
Porém, maior beleza
Nunca existiu pra iluminar
Meu pobre coração
Há quem diga que o amor que se tem
É uma graça de Deus
Outros dizem que a graça se acaba
Na hora do adeus
Mas, seja como for
Perdoa, amor
SONETO DA SEPARAÇÃO
(A.C. Jobim)
Derepente do riso fez-se o pranto
Silencioso e brando como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o presentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
SÓ ME FEZ BEM
(Edu Lobo)
Não sei se foi um mal
Não sei se foi um bem
Só sei que me fez bem ao coração
Sofri, você também
Chorei, mas não faz mal
Melhor que ter ninguém
No coração
Foi a vida
Foi o amor quem quis
É melhor viver
Do que ser feliz
Foi tudo natural
Ninguém foi de ninguém
Mas me fez tanto bem
SÓ POR AMOR
(Badem Powell)
Só por amor
Só por paixão
Só por você
Você que nunca disse não
Só por saber
Que o coração
Sabe demais
Que a razão não tem razão
Por você que foi só minha
Sem jamais pensar por quê
Por você que apenas tinha
Razões e mais razões pra não ser
Só por amor
Só por amado
Só por amar
Meu amor, muito obrigado
SONETO DA FIDELIDADE
(Capiba)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante, mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quanto mais tarde me pocure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
TAMBÉM QUEM MANDOU
(Carlos Lyra)
Já não sei mais viver sem ela
Mas também quem mandou
Quando estou longe dela
É uma dor, é uma dor
Que saudade...
Sim
Eu já estou achando
Que esta saudade assim
Só pode ser amor
Eu queria brincar de amor com ela
Mas também quem mandou
Também quem mandou....
TERNURA
(Vinicius de Moraes)
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um trasbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
(Vinicius de Moraes)
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um trasbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.
AUSÊNCIA
(Vinícius de Moraes)
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua preseça é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra aladiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei.... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçãrão outros dedos e tu desborcharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram o dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz sernizada.
(Vinícius de Moraes)
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua preseça é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra aladiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei.... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçãrão outros dedos e tu desborcharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram o dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz sernizada.
PERGUNTE A VOCÊ
(Ian Guest)
Não pegunte por quê
Se tudo o que é lindo
Existe em você
Não pegunte por quê
Aceite sorrindo
O que aconteceu
Tão simplesmente Amor, quem vai nos dizer por quê
As manhãs se desnudam ao sol
E o mar vem nas praias morrer
Não pergunte por quê
Ou antes, pegunte
Pergunte a você
(Ian Guest)
Não pegunte por quê
Se tudo o que é lindo
Existe em você
Não pegunte por quê
Aceite sorrindo
O que aconteceu
Tão simplesmente Amor, quem vai nos dizer por quê
As manhãs se desnudam ao sol
E o mar vem nas praias morrer
Não pergunte por quê
Ou antes, pegunte
Pergunte a você
PODE IR
(Carlos Lyra)
Pode ir
Pode fazer o que melhor entender
Porque, amor, cada um sabe de si
Porque, amor, cada um sabe de si
Mas se você quiser brincar com o nosso amor
Não vem, que alguém provavelmente
Vai amargurar a grande dor
De ver alguém também querer partir
Porque partir é repartir, meu bem
É se perder nesse mar por aí
Mas você quer brincar, quer fingir
Pode ir, pode ir e depois chorar
(Carlos Lyra)
Pode ir
Pode fazer o que melhor entender
Porque, amor, cada um sabe de si
Porque, amor, cada um sabe de si
Mas se você quiser brincar com o nosso amor
Não vem, que alguém provavelmente
Vai amargurar a grande dor
De ver alguém também querer partir
Porque partir é repartir, meu bem
É se perder nesse mar por aí
Mas você quer brincar, quer fingir
Pode ir, pode ir e depois chorar
POR QUE SERÁ
(Carlinos Vergueiro - Toquinho)
Por que será
Que eu ando triste por te adorar
Por que será
Que a vida insiste em se mostrar
Mais distraída dentro de um bar
Por que será
Por que será
Que o nosso assunto já se acabou
Por que será
Que o que era junto se separou
E o que era muito se definhou
Por que será
Eu quantas vezes
Me sento à mesa de algum lugar
Falando coisas só por falar
Adiando a hora de te encontrar
É muito triste
Quando se sente tudo morrer
E ainda existe o amor
Que mente pra esconder
Que o amor presente
Não tem mais nada para dizer
Por que será
(Carlinos Vergueiro - Toquinho)
Por que será
Que eu ando triste por te adorar
Por que será
Que a vida insiste em se mostrar
Mais distraída dentro de um bar
Por que será
Por que será
Que o nosso assunto já se acabou
Por que será
Que o que era junto se separou
E o que era muito se definhou
Por que será
Eu quantas vezes
Me sento à mesa de algum lugar
Falando coisas só por falar
Adiando a hora de te encontrar
É muito triste
Quando se sente tudo morrer
E ainda existe o amor
Que mente pra esconder
Que o amor presente
Não tem mais nada para dizer
Por que será
POR TODA A MINHA VIDA
(EXALTAÇÃO AO AMOR)
(A.C. Jobim)
Minha bem-amada
Quero faze de um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente teu e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém...
Minha bem-amada Estrela pura, aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Oh, meu amor
(EXALTAÇÃO AO AMOR)
(A.C. Jobim)
Minha bem-amada
Quero faze de um juramento uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente teu e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou, ninguém...
Minha bem-amada Estrela pura, aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Oh, meu amor
EXÍLIO DE AMOR
(Maria Bulek)
Cheguei tarde.... bem sei.... mas não importa!
No imprevisto do acaso, os meus caminhos
preenchem dúvidas que a dor conforta.
E a esperança, suporto-a entre espinhos.
Não te desejo em silêncio, pois morta
Jamais estive ao lembrar teus carinhos.
A razão de ser triste, e o que desgosta,
- é não ter-te .... amar-te.... e estarmos sozinhos.
E lembrar - no instante em que muito te quis,
supor descuidar-me, no jogo que fiz,
- deixando-te ansioso, pensando em mim.
Não sou tua.... não és meu.... mas sou feliz.
Teu olhar em meu olhar, revela e diz:
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