Feliz quem tem um amor, mesmo escondido, ilumina traz calor e esperança, acende a alma.
Assim, adormece enquanto há distância, porém basta uma faísca e explode, incendeia as emoções, surge intenso, desperta de sua dormência toma conta do corpo e da alma, o tempo inexiste para quem ama....
É o arrepio, o frio no estômago, as pernas bambas, o corpo estremece com um gesto, em uma palavra.... É o amor que reaparece, tira a paz, inflama pensamentos e múltiplos sentimentos borbulham, transbordam felicidade, mexem com a alma e com o coração.
Apenas um reencontro entre dois apaixonados é capaz de transformar vidas... Suscita luz, alegria e sentido à existência, colore os dias e permite que amem outra vez....
Fecho os olhos e relembro momentos distantes, exceções da regra esquecimento. Busco emoções escondidas na face do tempo no olhar da saudade. O desejo cresce e, neste instante renasce a vontade de encontrar meu amor. A vida segue a linha tênue da esperança de um reencontro, para ter em meus braços o meu amado e, assim, não mais a distancia fomentar saudades, lágrimas e ilusões marcadas com pensamentos envolvidos na tristeza que sua ausência causa. Assim, sigo na ânsia de ver minha vida, novamente em seus braços.
RCJ/1987
Lembranças consomem dias, fazem o coração disparar e a vontade de procura aumenta ....
A vida esconde-se entre arbustos secos, entrelaçados e quebradiços, no vazio que fica, na dor que esmaga o amor que insiste ficar. Fecham-se os olhos e surge tão belo passado, sente-se o coração acelerar e o toque das bocas nos corpos unidos, é a vida que acorda, é o amor que renasce.
São corações que não esquecem do primeiro olhar, da vontade de ficar, do desejo de querer uma vida em outra vida, preencher lacunas e na completude da saudade a certeza de um querer adormecer e um ficar sem querer acordar.
RCJ/1988
Não explicamos, simplesmente olhamos, falamos, tocamos : queremos ser um só....
Não determinamos o momento em que surge o amor: amamos....
Não sabemos porque vivenciamos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade a felicidade, a vontade, o sonho, a cumplicidade e o doce engano....
Não conseguimos traduzir o turbilhão de emoções presentes nas alegrias que tornam-se tristezas e que levam o abandono tornar-se parte de uma história, resulta, assim, um coração que precisa aprender a conviver com um novo ritmo: descompassado e solitário....
São dias intermináveis e caminhos infinitos, tortuosos e com a presença constante da solidão.
Não compreendemos a moral da história, apenas sentimos o tormento da separação, nas noites entregues à reflexões, acompanhadas por inúmeras buscas à respostas que nunca chegam....
Não, não e não queremos pensar naquilo que poderia ser e não foi: negar o sentimento existente é querer mais e mais....
Esquecer? Como?
Ah, se soubéssemos as respostas! O amor e a paixão seriam, então, sentimentos sem emoção e ausentes nos corações dos amantes.....
Não determinamos o momento em que surge o amor: amamos....
Não sabemos porque vivenciamos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade a felicidade, a vontade, o sonho, a cumplicidade e o doce engano....
Não conseguimos traduzir o turbilhão de emoções presentes nas alegrias que tornam-se tristezas e que levam o abandono tornar-se parte de uma história, resulta, assim, um coração que precisa aprender a conviver com um novo ritmo: descompassado e solitário....
São dias intermináveis e caminhos infinitos, tortuosos e com a presença constante da solidão.
Não compreendemos a moral da história, apenas sentimos o tormento da separação, nas noites entregues à reflexões, acompanhadas por inúmeras buscas à respostas que nunca chegam....
Não, não e não queremos pensar naquilo que poderia ser e não foi: negar o sentimento existente é querer mais e mais....
Esquecer? Como?
Ah, se soubéssemos as respostas! O amor e a paixão seriam, então, sentimentos sem emoção e ausentes nos corações dos amantes.....
RCJ/2009