Quem sou eu

Minha foto
Advogada, Professora, Especialista em Direito Administrativo; Direito Previdenciário; Pedagogia Escolar: supervisão e orientação; Metodologia da Ciência; Metodologia do Ensino Superior e Direito Educacional. Representante do Fórum Paranaense da Pessoa Idosa no Conselho Estadual do Direito da Pessoa Idosa do Paraná – CEDI PR, integrante do Fórum Paranaense da Pessoa Idosa – FPPII, Membro Efetivo da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil - seção Paraná e Membro Efetivo da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil - ,seção Paraná,. Estudiosa do Envelhecimento, Longevidade e dos Direitos inerentes à Pessoa Idosa. E-mail: adv.rosangela.s@gmail.com

20 maio 2012

DISSERTAÇÃO.....




Tema: O papel da disciplina de Didática na formação do professor

A disciplina de Didática contribuí no desempenho profissional do professor, baseada na realidade existente, levando o professor a reflexão de seus métodos, aprofundando seus conhecimentos e construindo saberes pedagógicos, confrontando teoria e prática, trocando experiências e práticas da mesma forma que interage com os alunos. No processo de compreensão orienta o ensino por meio de assuntos inerentes. A essência dessa disciplina é constituída por quatro temas fundamentais: objetivos educacionais, conhecimentos (conteúdo), metodologia de ensino e avaliação.

Antes de propor uma nova concepção e novos objetivos para o sistema educacional vigente, devem-se conhecer as concepções e os objetivos do sistema de ensino do momento. O sistema de ensino tal como existe hoje é em grande parte produto de forças históricas, econômicas e sociais que nem sempre operaram de modo consciente. O sistema atual de ensino é aquele em que a sociedade em seu conjunto exige. Para entender porque ele é assim e não diferente, deve-se compreender os fatos ao longo da história, sendo capazes de entender alguns aspectos, que em determinado momento poderá ser talvez um problema da Didática, e/ou problema de psicologia do aprendizado, e/ou ser uma questão fundamentalmente filosófico e/ou de qualquer outra disciplina técnica pedagógica.

Comentário da autora: Procurar compreender a maneira como o aluno aprende tornou-se um desafio instigante. Durante muito tempo presenciando mudanças de atitudes nos jovens do ensino fundamental, médio e superior, precebe-se a necessidade de mudanças metodológicas por parte do professor, procurando atingir o interesse de seus educandos. Fazer com que os estudantes contemporâneos assimilem os conteúdos utilizando métodos do ensino tradicional, em que a repetição foi de muita serventia, se tornou insuficiente. É necessário que o professor acompanhe os avanços tecnológicos e que os utilize em sala de aula e, dessa forma, busque integrar a realidade com os conteúdos de sua disciplina. Para tanto, se faz necessário que o docente domine a sua área de conhecimento bem como a relação existente entre ela e as outras áreas do conhecimento, procurando abordar de maneira ampla o conteúdo que transmite ao aluno, não esquecendo de que a abordagem deve provocar nos estudantes curiosidade, desmedindo o conhecimento, desmistificando fatos, apresentando novas visões de mundo.

SÍNDROME DE BURNOUT x PROFESSORES

Burnout-Queimando-se.
Muitos profissionais são acometidos por diversos problemas de saúde, dos quais desconhecem. Na área da educação, fazendo referência principalmente ao professor que atua em sala de aula, existem muitos estudos que comprovam distúrbios psíquicos, entre eles a SÍNDROME DE BORNOUT. Sendo muitas vezes confundida com um esgotamento emocional, até que se torne crônico, acarretando sentimentos de fracasso e baixa auto-estima, acompanhados de sintomas físicos como a exaustão, a alteração no sono e problemas gastrointestinais.


Acredito, por ser portadora de tal síndrome, que existem dificuldades no diagnóstico imediato e preciso desta doença ocupacional, principalmente pelo modo em que se manifesta no sujeito. A principio pode parecer apenas, um esgotamento pessoal interferindo diretamente na vida cotidiana e não, necessariamente na sua relação com o trabalho, sendo compreendida como estresse genérico, ao qual todos os indivíduos sãos suscetíveis.

Entretanto, devido ao contato direto, excessivo e estressante do professor com outras pessoas (alunos, pais, equipe pedagógica, direção, funcionários de secretarias, conselho tutelar, entre outros), gera uma tensão crônica acompanhada por longos períodos de pressão emocional, levando esse profissional a avaliação negativa de si mesmo, a depressão e a insensibilidade com relação a quase tudo e todos. A ausência de alegria, de entusiasmo, de satisfação, de interesse, de ideias, de concentração, de auto-confiança, de humor e de perspectiva de futuro evidenciam a SÍNDROME DE BURNOUT.

Pelas características constatadas na sociedade moderna, ao que se refere no avanço científico, tecnológico e social, as mudanças no modo de viver e conviver entre os indivíduos criam cada vez mais expectativa a novas necessidades. Vivencia-se no âmbito escolar o distanciamento do conhecimento construído ao longo do tempo com necessidade de respostas prontas e imediatistas, sem interesse do contexto cultural de tal informação, pois a comunidade estudantil acredita que todas as respostas podem ser encontradas por meios eletrônicos, não dando importância a argumentação escrita e oral de tal fato.

Dessa forma observa-se que o trabalho do professor em sala de aula, rodeado por diversos fatores conflitantes (raciais, econômicas, sociais, culturais, etc.) causa um grande desgaste físico e psicológico a esses trabalhadores, que na maioria das vezes não sabem identificar o que está acontecendo, reagindo com constantes ausências ao serviço, agredindo verbalmente e fisicamente alunos, colegas de profissão, familiares, entre outros. Estando doente e negando o fato e/ou não querendo acreditar que esta sofrendo de transtornos emocionais e físicos e, assim necessitando de ajuda médica. Zombam das normas e rotinas do ambiente de trabalho, ironizam qualquer situação, sendo incapazes de realizações e conquistas, renunciando suas vidas e suas aspirações, acreditando que dessa forma contribuem positivamente as transformações sociais. E assim continuam, atuando em mais de um local de trabalho, assumindo cada vez mais o aumento de carga horária em ambientes potencialmente geradores de conflitos e carregando trabalhos extraclasses encarados como função inerente a profissão.

Esse acúmulo, observado e comprovado no meio educacional entre professores atuantes em sala de aula, conduz a SÍNDROME DE BURNOUT. Inicialmente observada, em 1974 nos profissionais que trabalhavam na recuperação de dependentes químicos, pelo psiquiatra inglês Herbert Freudenberger, que inspirado no título do romance "A Burnt-Out Case", traduzindo: "Um caso liquidado" de Graham Greene, no qual a protagonista Querry fala: "Não me resta praticamente nenhum sentimento pelos seres humanos a não ser pena", Herbert criou o termo "Burnout".

Se faz necessário fundamentar e delimitar os fatores de risco da síndrome e atuar preventivamente, tendo como objetivo principal informar aos professores das causas, principais sinais e sintomas que envolvem os profissionais acometidos pela SÍNDROME DE BURNOUT, para que ele possa procurar ajuda especializada ao diagnosticar qualquer sintoma físico, psíquico, comportamental e/ou defensivo.

Quando o indivíduo considera o seu ambiente de trabalho como ameaçador, quando sua necessidade de realização pessoal e profissional, e/ou sua saúde física ou mental, prejudicam a interação desta como o trabalho e este ambiente tenha demandas excessivas a ela, ou que ela não contenha recursos adequados para enfrentar tais situações (FRANÇA e RODRIGUES, 1997), o desgaste emocional é evidente, e o estresse ocupacional surge de forma significativa, levando o professor ao conflito social e pessoal, o sujeito que antes era envolvido efetivamente com a comunidade escolar em geral, reconhecendo a importância do seu trabalho no desenvolvimento e envolvimento pessoal nas mudanças significativas daquela sociedade, desgasta-se, desiste e perde totalmente o interesse e a energia com a sua função por lhe parecer inútil qualquer esforço, sendo possuído pelo sentimento de incompetência profissional. O professor se vê cercado de sentimentos negativos de si mesmo e para com os outros, aliena-se, isolando-se, torna-se incapaz de lidar com as suas emoções e a de outros, sendo dotado de atitudes desumanas, apresentando problemas de relacionamento interpessoais, a falta de concentração no que esta fazendo é prejudicada, sendo dotado de comportamento de alto risco, seguido por alterações da memória com lapsos constantes, tendo muitas vezes dificuldade de lembrar o que estava fazendo no momento em que estes ocorrem, tendencioso a voltar a rever várias vezes o que já foi realizado. O tempo de resposta nos processos mentais aumenta, propensão a lentidão do pensamento, e estando consciente dos fatos ocorridos, segue o sentimento de distanciamento do ambiente e das pessoas, decorrendo a solidão, vendo-se abandonado e não compreendido pelos demais colegas de profissão e familiares.

Toda essa pressão emocional é em decorrência desta doença ocupacional. Faz com que o indivíduo torne-se insuportável, intransigente, agressivo, apresentando constantemente mudanças de humor, passando de um estágio de euforia ao de tristeza em poucos instantes, estabelece uma paranóia sendo que, para ele todas as demais pessoas se aproveitam do seu trabalho, que não recebem e não o reconhecem por aquilo que realiza, acredita que todos estão prontos para prejudicá-lo, nega as mudanças, não consegue se adaptar a novas situações, evita iniciativas, para ele, a rotina é mais segura, não ha desprendimento mental e/ou físico, torna-se prisioneiro de seus medos e angústias, é incapaz de relaxar, de desfrutar momentos de lazer e férias, o seu cérebro encontra-se em constante atividade, recordando momentos de insatisfação e de mal estar que vivência em seu trabalho.

HORA DE PARAR

No decreto N° 3048/99 que regulamenta a Previdência Social, o grupo V da Classificação Internacional de Doenças (CID) 10 menciona no inciso XII a “Síndrome de Burnout, “Síndrome do Esgotamento Profissional”, também identificada como “Sensação de Estar Acabado”. O profissional tem direito a afastar-se uma vez que tenha sido diagnosticada a Síndrome. “É preciso que as empresas se conscientizem da urgência de reavaliar a cultura de exigir dos funcionários metas, às vezes, impossíveis para um ser humano”. (ARAUJO, Adriana)


SAIBA QUE....

Um estudo feito em outubro pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) revelou que 48% dos 52 mil professores de 1.440 escolas no País sofrem com algum sintoma da doença, como sensação de vazio, comportamento irritadiço e esgotamento nervoso. E mais: 25% deles — o equivalente a um em cada quatro — apresentam o quadro completo da doença. (FONTE: Portal TerraPortal Terra, publicado em 14/08/2007)

Professora há 25 anos, concluo que o desgaste diário no relacionamento com a(s) turma(s), equipe pedagógica e família(s) é a principal causa de Burnout entre os professores. Muitos conflitos são enfrentados diariamente, entre eles alunos que chegam em sala de aula trazendo problemas de casa. Aqueles que fazem questão de demonstrar que não concordam com a nota baixa que tiraram, acredindo emocionalmente o professor (assédio moral não reconhecido por muitos). Alunos indisciplinados de familias omissas. Pais que se eximem da responsabilidade de colaborar e acompanhar a educação de seu filho, dificultando o trabalho do professor. Pais que quando chamados na escola se defendem atancando, criticando o desempenho profissional do professor, alegando, muitas vezes, que o professor não é qualificado para a função, classificando esse profissional e/ou a instituição de ensino de incompetente. As dificuldades transcendem a formação acadêmica do professor, que de um jeito ou de outro, perante a omissão dos segmentos da sociedade, assume a posição de réu .

Afastar-se do trabalho é recomendado

Há cerca de oito anos, o psiquiatra Paulo Pavão está à frente do setor de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, que oferece assistência psiquiátrica aos funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Entre médicos, professores e outros profissionais de nível médio, como serventes e porteiros, o Pedro Ernesto atende a cerca de 150 servidores estaduais. “Já atendi uma professora que sofria de severa inapetência. Aos poucos, descobri que se tratava, na verdade, de Burnout em conseqüência do assédio moral de uma chefia arbitrária”, lembra.Pavão salienta que a primeira medida a ser tomada é afastar o profissional de seu ambiente de trabalho. A legislação permite, inclusive, que portadores de Burnout tenham direito a licença médica e, em casos considerados mais graves, até a aposentadoria por invalidez. “A melhora do paciente está condicionada à mudança de seu estilo de vida. Muitas vezes, recorremos ao serviço social com o intuito de transferir o profissional de setor ou até mesmo de unidade”, pondera. (BERNARDO, André. Jornal O Dia. Publicado em 03/03/07)





AULA DE MATEMÁTICA

ACOMPANHE O PATO DONALD NUMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

TENDÊNCIAS CLÁSSICAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Rosangela Schmidt


Uma tendência educativa origina-se de um processo movido pela busca de uma educação com qualidade do ensino, que atenda às necessidades tanto de fatores relacionados ao interesse de socialização do conhecimento matemático, bem como de condições impostas por relações com o contexto político e econômico e das finalidades que o professor atribui ao Ensino da Matemática, observando o mundo e a sociedade. De acordo com Fiorentini (1995, p.2) “quando tentamos identificar diferentes tendências pedagógicas que buscam a melhoria no Ensino da Matemática, percebemos que a questão que se apresenta não é tão simples”.
A partir da década de 50, por ser um momento significativo do processo de democratização da oportunidade de acesso à escola para a maioria da população em idade escolar, surgem as primeiras manifestações do movimento da Matemática Moderna nos meios escolares, estando esta, subordinada ao processo de reflexão que surgia em todos os países do mundo.
Com as perspectivas de mudanças no ensino da Matemática manifestando-se nos meios educacionais intrínsecos a movimentos pedagógicos de cada momento histórico, com relações profundas, permeado por questões sociopolítico e econômico, Fiorentini (1995), nesse sentido, por meio de seus estudos, destaca as seguintes tendências no Ensino Fundamental: a formalista clássica, a empírico-ativista, a formalista moderna, a tecnicista e suas variações, a construtivista, a socioetnoculturalista, a histórico-crítica e a sociointeracionista-semântica.

07 maio 2012

LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL


A Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) – Decreto lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942 -  ou conforme nova nomenclatura, Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, apesar da nomenclatura (Introdução ao Código Civil), não diz respeito apenas ao Direito Civil e nem somente ao Direito Privado. Ela regula as normas jurídicas de uma maneira geral, quer sejam do Direito Público ou Privado. Segundo Maria Helena Diniz (2003, p. 57), a LICC contém normas sobre normas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, predeterminando as fontes do direito positivo, indicando-lhes as dimensões espácio-temporais, dessa forma estão de concordo  Fiuza (2008) e Gomes (2006). Esse último enfatiza que, a LICC “embora anexada ao Código Civil, em geral contém regras de Direito Internacional Privado, sendo, por isso, uma das principais fontes internas desse ramo do Direito” (GOMES, 2006, p.128).
Assim como Maria Helena Diniz (2003), José Jairo Gomes (2006, p. 128) advoga que “ o Decreto-lei n. 4.657/42 revogou a lei n. 3.071/16, alterando princípios que desde muito tempo se encontravam em voga [...]” e, dessa forma reformou completamente a antiga LICC. Assim, a Lei de Introdução ao Código Civil, Decreto-lei n. 4.657/42, é composta por 19 artigos Dessa maneira observa Diniz (2003), ao chamar a atenção para a aplicabilidade da Lei de Introdução ao Código Civil, aspectos esses que coincidem com Gomes (2006)

A Lei de Introdução é aplicável a toda a ordenação jurídica, já que tem as funções de: regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (arts.1º e 2º), apresentando soluções ao conflito de normas no tempo (art. 6º) e no espaço (arts. 7º ao 19); fornecer critérios de hermenêutica (art. 5º); estabelecer mecanismos de integração de normas, quando houver lacunas (art. 4º); garantir não só a eficácia global da ordem jurídica, não admitindo o erro de direito (art. 3º) que a comprometeria, mas também a certeza, seguranaça e estabilidade do ordenamento, preservando as situações consolidadas em que o interesse individual prevalece (art. 6º). (DINIZ, 2003, p. 58)


Ainda, a observação de Fiuza (2008, p. 83) se faz pertinente para o esclarecimento do art. 1º da LICC:

Caso a lei não traga em seu texto nenhuma norma que fixe data em que entrará em vigor, a Lei de Introdução ao Código Civil estabelece prazo de 45 dias no Brasil e três meses no exterior. Em outras palavras, essa lei será publicada e somente 45 dias depois começará a vigorar.

Segundo Fiuza (2008, p. 83) o objetivo da Lei de Introdução ao Código Civil “[...] não é, meramente, fixar normas para a legislação civil [...]”. As reflexões desse autor apontam para o esclarecimento de que, ao tratar da eficácia, do conflito e da interpretação das leis, estendemos suas regras a toda e qualquer lei, seja ela do Direito Privado ou Público, ou seja, a LICC contém um conjunto de preceitos que regulam a vigência, a validade, a eficácia, a aplicação, a interpretação e a revogação de normas no Direito brasileiro, bem como delimita alguns conceitos como o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirio. Consagra a irretroatividade como regra no ordenamento jurídico, ao mesmo tempo que define as condições para a ocorrência de ultratividade (quando a lei é aplicada a fatos ocorridos posteriormente ao fim de sua vigência) e efeito repristinatório. É, assim, uma "lei sobre a lei".

REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: Teoria geral do direito civil. 20. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
GOMES, José Jairo. Direito Civil: Introdução e parte geral. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.